Após quase três semanas do american way-of-life, o que mais me apavora é a segurança desse país. Todo mundo que vai ao supermercado deixa o carro ligado enquanto faz compras pro motor não esfriar. Pessoas deixam seus laptops nas mesas da praça de alimentação do shopping enquanto vão ao banheiro. As casas ficam abertas o tempo todo aqui. Os carros param sempre no sinal vermelho (não importa a hora que seja). E nada de anormal acontece em todas essas situações. Aqui não se vive com medo. Não tem nem como explicar a sensação de andar escutando ipod de noite na rua. É uma coisa que eu não consigo imaginar no Brasil.
Mas também tem o lado mais “chato” do país seguro. A lei aqui funciona. E funciona mesmo. Só maiores de 21 podem comprar bebidas. E se tiver algum menor no meio da gurizada que sai para comprar a bebida, o estabelecimento não vende de jeito nenhum. E lugar onde não pode estacionar, de fato não se pode estacionar. Perdi as contas de quantos carros eu vi serem guinchados. E a polícia está em todos os lugares aqui. Se os vizinhos reclamam de barulho, na primeira vez quem aparece é o segurança do condomínio. Na segunda já são os tiras. É o preço da segurança.
Essa semana tivemos um longo debate sobre o tema: “você moraria pra sempre nos EUA?”. Eu sinceramente acho que não. O Brasil pode ter todos os defeitos do mundo, mas é o país onde eu nasci e é um paraíso comparado a outros países desse mundão véio. Não tem vulcão, não tem terremoto, não tem guerra civil. Tá bom, não tá?
Só a nossa sociedade que é meio às avessas, mas isso um dia melhora.
